Palmas (TO), Domingo, 08 de Dezembro de 2024

POLÍTICA

Bolsonaro diz que direita se elegeu na sua sombra e que Tarcísio é 'líder maior' só em SP

Bolsonaro minimiza divisões internas na direita e destaca liderança incontestável no campo político conservador

08/11/2024

08:30

NAOM

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não houve um racha na direita nas eleições municipais e que sua liderança nesse campo não sofreu abalo, apesar das críticas e da ascensão de Pablo Marçal (PRTB) em São Paulo, que provocou uma divisão em parte do eleitorado conservador.

De acordo com Bolsonaro, aqueles que tentam dividir a direita se elegeram sob sua influência e não têm capacidade de mobilizar apoiadores. "A direita não tem dono. Tem um líder, que é incontestável, e tem jovens lideranças aparecendo pelo Brasil. Sempre vai ter alguém querendo dividir o que é chamado de direita hoje em dia. Não vão conseguir. São frustrados, até botei um nome carinhoso, são intergalácticos que têm que mostrar a que vieram. Todos eles se elegeram na minha sombra, ou na minha onda, e rapidamente se voltam contra a gente", afirmou.

Críticas a Marçal, Caiado e Salles

Bolsonaro se referia a figuras como Pablo Marçal, o governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil) e o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (Novo-SP). Segundo ele, alguns querem se impor como líderes sem conquistar legitimamente essa posição.

"A direita não tem dono. Tem cara que quer se impor como líder. Liderança você não ganha, você conquista. Então, tem uns intergalácticos aí. Manda em um bar em São Paulo, não vai ninguém", disse Bolsonaro, em alusão às tentativas de alguns de dividir a base conservadora.

Marçal recebeu apoio de diversos bolsonaristas em sua campanha e atraiu uma parte considerável do eleitorado de Bolsonaro, embora o ex-presidente tenha oficialmente apoiado a reeleição de Ricardo Nunes (MDB).

Conflito com Caiado

Bolsonaro também comentou a disputa política em Goiânia, onde Caiado apoiou um nome diferente daquele indicado pelo ex-presidente. No final, o candidato de Caiado saiu vitorioso, e o governador afirmou que seu estilo de fazer política prevaleceu, sugerindo que Bolsonaro aprendeu uma lição com o resultado.

Caiado declarou-se candidato à Presidência da República em 2026, reforçando a intenção de seguir como um dos principais nomes da direita brasileira.

Relação com Ricardo Salles

Salles teve sua candidatura à prefeitura de São Paulo descartada em prol da aliança do PL com Ricardo Nunes. A partir daí, a relação entre Bolsonaro e Salles estremeceu. Bolsonaro relembrou que Salles já esteve próximo de Geraldo Alckmin quando este era do PSDB e que, mais recentemente, se aliou a João Amoedo e depois a Pablo Marçal, sendo, segundo Bolsonaro, motivado pela inveja.

Comentário sobre Tarcísio de Freitas

O ex-presidente também comentou sobre a declaração de Ricardo Nunes, que chamou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de "líder maior". Bolsonaro reconheceu a liderança de Tarcísio no estado de São Paulo, mas sugeriu que sua influência política se limita àquele estado.

"É um grande líder no estado, verdade... ninguém vai me provocar", disse Bolsonaro, minimizando qualquer comparação em termos de liderança nacional.

Sucessão em 2026

Questionado sobre quem poderia ser o nome da direita para 2026 caso ele permaneça inelegível, Bolsonaro reiterou que ele próprio seria o candidato. "Só depois que eu tiver morto. Antes de eu morto, politicamente não tem nome. Pergunta para o Tarcísio o que ele acha. Ele tem falado, o candidato sou eu. Prosseguindo a minha inelegibilidade é a prova de que acabou a democracia no Brasil."

Inelegibilidade e Processos

Bolsonaro foi condenado em 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação ao divulgar desinformação sobre o sistema eleitoral em reunião com embaixadores. Ele está inelegível até pelo menos 2030 e enfrenta outras investigações, incluindo processos relacionados a supostas tramas golpistas. Caso seja condenado, poderá enfrentar até 23 anos de prisão e estender sua inelegibilidade por mais 30 anos.


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