Política / Justiça
PF realiza perícia médica em Bolsonaro por determinação de Moraes; laudo deve sair na sexta-feira
Avaliação vai subsidiar decisão do STF sobre pedido de cirurgia para correção de hérnias apresentado pela defesa
17/12/2025
15:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Polícia Federal realizou, nesta quarta-feira (17), uma perícia médica no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O procedimento integra a análise de um pedido da defesa para autorização urgente de cirurgia destinada à correção de hérnias inguinais.
O resultado da avaliação médica deve ser divulgado na sexta-feira (19) e será utilizado por Moraes para decidir sobre a necessidade e a viabilidade do procedimento cirúrgico, além de outros pedidos apresentados pelos advogados do ex-presidente.
A defesa de Jair Bolsonaro acionou o Supremo no dia 9 de dezembro, alegando piora no quadro clínico do ex-presidente, que inclui hérnia inguinal e crises recorrentes de soluço, solicitando autorização para cirurgia imediata.
Inicialmente, Alexandre de Moraes negou o pedido, argumentando que os exames médicos apresentados não eram recentes. Na ocasião, o ministro determinou que a Polícia Federal realizasse uma perícia médica no prazo de até 15 dias, a fim de avaliar de forma independente a real condição de saúde do investigado.
Após a negativa inicial, a defesa solicitou autorização para que um médico da equipe de Bolsonaro realizasse um exame de ultrassom nas dependências da Polícia Federal. O pedido foi autorizado por Moraes no sábado (13).
O exame foi realizado no domingo (14) e confirmou o diagnóstico de hérnias inguinais bilaterais.
🔎 Hérnia inguinal ocorre quando um tecido ou órgão se projeta para fora de sua posição normal por um ponto de fragilidade na musculatura da região abdominal.
Em relatório enviado ao STF, os advogados sustentam que o quadro clínico de Bolsonaro apresenta agravamento progressivo, com risco à saúde caso não haja intervenção imediata.
“O estado de saúde do sentenciado é grave, complexo e progressivamente debilitado. Houve evolução objetiva e comprovada do quadro clínico, agora amparada por exame de imagem recente e por novo relatório médico conclusivo, que impõem atuação imediata”, afirmou a defesa.
Segundo os médicos, as dores e o desconforto na região inguinal se intensificaram em razão das frequentes crises de soluço, que provocam aumento intermitente da pressão abdominal, agravando o quadro das hérnias.
Além da autorização para cirurgia, os advogados também reiteraram ao STF o pedido de prisão domiciliar humanitária, alegando que as condições de saúde do ex-presidente justificariam a adoção de medida alternativa à custódia atual.
A análise desse pedido também depende do laudo da perícia médica realizada pela Polícia Federal, que será avaliado pelo ministro Alexandre de Moraes nos próximos dias.
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