Palmas (TO), Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2025

INFRAESTRUTURA

Ponte de R$ 200 milhões entre Tocantins e Pará segue sem uso por falta de acessos

Estrutura está 95% concluída, mas entraves judiciais atrasam entrega da obra prevista para 2025

10/02/2025

07:30

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

Mesmo com 95% das obras concluídas, a ponte sobre o Rio Araguaia, que liga Xambioá (TO) a São Geraldo do Araguaia (PA), segue inutilizável. O motivo? A falta de acessos à estrutura, cuja construção ainda não foi iniciada. O investimento total da obra já ultrapassa R$ 232,8 milhões, com R$ 204,2 milhões destinados à ponte e R$ 28,6 milhões para os acessos.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a previsão de entrega foi adiada para o segundo semestre de 2025. Atualmente, a travessia entre os estados ainda depende de balsas, afetando milhares de motoristas e produtores agrícolas.

Por que a ponte ainda não está funcionando?

  • Contratos separados: A construção da ponte e a obra dos acessos foram licitadas separadamente, o que gerou entraves burocráticos.
  • Falta de indenização aos proprietários de terras: As áreas onde os acessos serão construídos ainda não foram desapropriadas porque a União não efetuou os pagamentos de indenização.
  • Atrasos e disputas judiciais: O contrato para a construção foi assinado ainda em 2017, no governo Michel Temer, mas sofreu atrasos e só teve a ordem de serviço assinada pelo DNIT em 2020.

Detalhes da obra e impactos

  • Extensão da ponte: 1.724 metros
  • Extensão dos acessos: 2.010 metros, sendo 310 metros no Pará e 1.700 metros no Tocantins
  • Largura da pista: 12 metros, com acostamento e calçadas de 1,50 metro de cada lado
  • Beneficiados: Estimativa de 1,5 milhão de pessoas impactadas diretamente pela obra
  • Região estratégica: A ponte faz parte da BR-153, um dos principais corredores logísticos do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), facilitando o escoamento da produção agrícola

Próximos passos e previsão de entrega

  • Audiências na Justiça Federal: Estão marcadas para fevereiro de 2025, visando acordos sobre indenizações.
  • Construção dos acessos: Prevista para ser finalizada no segundo semestre de 2025.

Mesmo com os avanços, a ponte segue como um gigante de concreto sem utilidade, evidenciando desafios na gestão de infraestrutura e o impacto da burocracia na execução de obras públicas.


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