Palmas (TO), Segunda-feira, 30 de Junho de 2025

Política  Justiça

Prefeito em exercício de Palmas, Carlos Velozo, reúne secretariado após prisão de Eduardo Siqueira Campos

Gestão reafirma continuidade de obras, convocações e nega relação com operação da PF que levou à prisão do prefeito titular

30/06/2025

13:25

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

Nesta segunda-feira (30), o prefeito em exercício de Palmas, Carlos Eduardo Velozo (Agir), conduziu uma reunião com os secretários municipais no gabinete da Prefeitura, em meio à repercussão da prisão preventiva de Eduardo Siqueira Campos (Podemos). A pauta do encontro não foi divulgada, mas ocorre em um momento decisivo para a administração da capital tocantinense.

Eduardo Siqueira foi preso na última sexta-feira (27) por ordem do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Operação Sisamnes, que investiga supostos vazamentos de informações sigilosas de inquéritos supervisionados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão judicial determinou também seu afastamento imediato do cargo, o que levou à posse interina de Carlos Velozo.

Compromisso com continuidade administrativa

Em entrevista à TV Anhanguera, Carlos Velozo garantiu que não haverá descontinuidade administrativa. Ele afirmou que serão mantidos o cronograma de obras e a convocação dos aprovados no concurso da Educação, além da continuidade da reforma administrativa iniciada por Eduardo Siqueira.

“Nosso compromisso é com a estabilidade da gestão e com o povo de Palmas. Vamos garantir a continuidade de tudo o que foi iniciado”, declarou o prefeito interino.

Operação Sisamnes: rede de vazamento e influência

A operação deflagrada pela Polícia Federal revelou uma suposta organização criminosa que atuava no monitoramento ilegal, comércio e repasse de dados sigilosos de investigações conduzidas pela Justiça. Além de Eduardo Siqueira, foram presos o advogado Antônio Ianowich Filho e o policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz.

Segundo o STF, a operação foi autorizada após representação da PF com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação aponta que os vazamentos teriam sido usados para proteger aliados políticos, frustrar ações da PF e construir redes de influência com acesso privilegiado a decisões judiciais.

Os presos passaram por audiência de custódia e tiveram as prisões mantidas. Estão atualmente no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar de Palmas.

O que dizem as instituições envolvidas

  • Defesa do policial civil: o advogado Juvenal Klayber informou que solicitou a revogação da prisão e promete comprovar que seu cliente “não tem qualquer culpabilidade”.

  • Secretaria da Segurança Pública (SSP-TO): acompanha o caso por meio da Corregedoria-Geral e garantiu que tomará “todas as providências administrativas cabíveis”.

  • OAB-TO: informou que ainda não teve acesso à decisão judicial envolvendo o advogado preso, mas que atuará para garantir o respeito às prerrogativas da advocacia.

Nota oficial da Prefeitura de Palmas

"As investigações não se relacionam com a atual gestão municipal. A decisão visa à averiguação de informações e tudo será esclarecido. O Prefeito recebeu a decisão com serenidade e irá colaborar prontamente com os trabalhos", afirmou a nota.

Contexto e próximos passos

A gestão municipal tenta isolar a crise política da rotina administrativa, enquanto a investigação avança. O foco do STF e da PF é aprofundar a apuração sobre a possível estrutura clandestina usada para acessar dados sigilosos e manipular investigações de alto nível.


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