Palmas (TO), Terça-feira, 22 de Julho de 2025

Política

Hugo Motta barra sessões durante recesso e frustra tentativa da oposição de aprovar apoio a Bolsonaro

Presidente da Câmara veta reuniões de comissões até 1º de agosto após bolsonaristas tentarem pautar moções pró-Bolsonaro

22/07/2025

09:25

DA REDAÇÃO

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), publicou nesta terça-feira (22/7) um ato oficial suspendendo todas as reuniões de comissões parlamentares até o dia 1º de agosto, durante o período de recesso legislativo. A medida interrompeu a estratégia da oposição bolsonarista, que havia convocado sessões para aprovar moções de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em meio ao agravamento de sua situação judicial.

“Fica vedada, no período de 22 de julho a 1º de agosto de 2025, a realização de reuniões de comissões da Câmara dos Deputados. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação”, diz o texto assinado por Motta.

Reuniões vetadas nesta terça-feira:

As sessões suspensas incluíam duas comissões-chave, ambas controladas por parlamentares aliados de Bolsonaro:

  1. Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado

    • Presidida por Paulo Bilynskyj (PL-SP)

    • Tinha na pauta uma moção de solidariedade a Bolsonaro, alegando “perseguição política” e impactos na “ordem e segurança públicas nacionais”

  2. Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional

    • Presidida por Filipe Barros (PL-PR)

    • Pautada com duas propostas:

      • Moção de apoio apresentada por Evair Vieira de Melo (PP-ES)

      • Moção de louvor de autoria do líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)

Objetivo político frustrado:

As manobras foram vistas como uma tentativa da base bolsonarista de responder institucionalmente à pressão judicial contra Jair Bolsonaro, que está sujeito à prisão preventiva por suposto descumprimento de medidas cautelares impostas pelo STF.

Deputados da oposição vinham se articulando para aprovar posicionamentos simbólicos em apoio ao ex-presidente, mesmo durante o recesso, utilizando o controle de comissões estratégicas como ferramenta política.

Apoio além do PL:

As moções contavam com assinaturas e articulações de parlamentares de outros partidos do centrão, como PP, PSD, União Brasil e Republicanos, sinalizando tensão crescente na base conservadora, diante do risco de Bolsonaro ser afastado definitivamente da política.


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