Palmas (TO), Sábado, 26 de Julho de 2025

Política / Relações Internacionais

Aliado de Eduardo Bolsonaro minimiza impacto do tarifaço e diz: “Desgaste não é nossa preocupação”

Paulo Figueiredo, neto do último presidente da ditadura, defende sanções de Trump e diz que "liberdade está acima do lucro de empresários"

26/07/2025

07:15

DA REDAÇÃO

©REPRODUÇÃO

O comentarista político Paulo Figueiredo, aliado direto de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), minimizou as críticas ao apoio dado por ambos às tarifas de 50% impostas por Donald Trump contra produtos brasileiros. Em entrevista ao blog da jornalista Andréia Sadi, Figueiredo declarou que “eventual desgaste político não é uma preocupação” para o grupo.

“Temos fé de que o povo vai entender o que estamos fazendo”, afirmou Figueiredo, ao defender que os objetivos do movimento não são eleitorais, mas ideológicos.

Ligado à ala mais radical do bolsonarismo, Paulo é neto de João Figueiredo, o último general-presidente da ditadura militar (1979–1985), e disse acreditar que Eduardo Bolsonaro é mais firme do que o próprio pai, Jair Bolsonaro.

“Jair fez muitos recuos e péssimos acordos. Eduardo vai até o fim, custe o que custar. E eu vou estar ao lado dele”, declarou.

Choque com setores produtivos

Mesmo diante da forte reação do agronegócio e de setores industriais — base tradicional da direita brasileira —, Figueiredo insistiu que os princípios defendidos pelo grupo estão acima de interesses econômicos imediatos.

“Liberdade é um interesse nacional muito superior ao lucro de meia dúzia de empresários”, argumentou, criticando os que apontam as sanções como prejudiciais ao Brasil.

Passado com Trump e polêmica no BRB

Figueiredo também falou sobre sua relação com Donald Trump, revelando que conheceu o ex-presidente americano em Mar-a-Lago, por meio de Ivanka Trump, durante negociações para a gestão de um hotel no Rio de Janeiro, em parceria com a Trump Organization.

Segundo ele, o interesse de Trump foi despertado mais por sua ligação familiar com a ditadura militar brasileira do que pelo projeto em si:

“Ele deu mais atenção quando soube que meu avô havia sido presidente e que eu gostava de política”, contou Figueiredo, que guarda até hoje um livro com dedicatória do ex-presidente americano.

Figueiredo também comentou sobre a prisão que sofreu em 2019, investigado por suposta participação em um esquema de propinas envolvendo o Banco de Brasília (BRB). Ele nega qualquer envolvimento e afirma nunca ter sido condenado.


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