Política / Câmara Federal
Câmara envia à Corregedoria pedidos de suspensão de 14 deputados após ocupação do plenário
Parlamentares poderão ser punidos com até seis meses de afastamento; ação ocorreu durante protesto contra prisão domiciliar de Jair Bolsonaro
08/08/2025
20:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, nesta sexta-feira (8), encaminhar à Corregedoria Parlamentar representações pedindo a suspensão, por até seis meses, de 14 deputados que participaram da ocupação do plenário e da Mesa Diretora durante sessão de retomada dos trabalhos legislativos, na última quarta-feira (6).
A medida foi tomada sob comando do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após os parlamentares se recusarem a deixar a cadeira da Presidência e a área destinada à direção da sessão.
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
Nikolas Ferreira (PL-MG)
Julia Zanatta (PL-SC)
Luciano Zucco (PL-SC)
Allan Garcês (PP-MA)
Caroline de Toni (PL-SC)
Marco Feliciano (PL-SP)
Domingos Sávio (PL-MG)
Marcel Van Hattem (Novo-RS)
Zé Trovão (PL-SC)
Bia Kicis (PL-DF)
Carlos Jordy (PL-RJ)
Marcos Pollon (PL-MS)
Paulo Bilynskyj (PL-SP)
O PL também apresentou representação contra a deputada Camila Jara (PT-MS), acusando-a de agressão contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). No entanto, seu nome não consta na lista encaminhada à Corregedoria. Questionada, a Mesa Diretora não respondeu sobre o motivo da exclusão até a publicação desta reportagem.
O ato dos parlamentares ocorreu durante protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em 4 de agosto. A ala bolsonarista da Câmara defendia a votação imediata de três pautas:
Projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro;
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue o foro privilegiado;
Pedido de impeachment de Alexandre de Moraes.
Dois dias após o início da obstrução, Hugo Motta convocou sessão e advertiu que qualquer deputado que insistisse na paralisação poderia ser suspenso por até seis meses.
Casos semelhantes já resultaram em punição. Os deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG) foram suspensos por três meses em situações anteriores, também por quebra de decoro parlamentar.
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