Política Internacional
Milei é retirado de carreata após ataques com pedras e garrafas na Grande Buenos Aires
Presidente argentino enfrenta crise política e denúncias de corrupção enquanto violência marca ato de campanha
27/08/2025
14:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O presidente da Argentina, Javier Milei, foi retirado às pressas de uma carreata nesta quarta-feira (27) após ataques com pedras e garrafas em Lomas de Zamora, região metropolitana de Buenos Aires. O episódio ocorreu durante ato do partido A Liberdade Avança e terminou em confusão entre apoiadores e opositores.
Segundo a imprensa local, Milei estava em uma picape ao lado do deputado José Luis Espert, candidato às eleições legislativas de outubro, quando começou o tumulto. Imagens mostram Espert deixando o local em uma moto, sem capacete.
O porta-voz do governo informou que ninguém ficou ferido.
O jornal El Clarín relatou que a carreata foi suspensa por motivos de segurança.
A ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, acusou militantes kirchneristas de organizar um ataque “que colocou em risco famílias que acompanhavam a carreata”.
O subsecretário de Comunicação Social, Javier Lanari, chegou a falar em tentativa de assassinato contra o presidente.
A violência acontece em meio a uma grave crise política. Milei e seu governo enfrentam denúncias de corrupção envolvendo sua irmã, Karina Milei, e o subsecretário de Gestão Institucional, Eduardo "Lule" Menem.
Áudios atribuídos ao ex-dirigente da ANDIS, Diego Spagnuolo, citam supostos subornos de até US$ 800 mil mensais.
Spagnuolo afirmou que Karina Milei receberia 3% dos contratos fraudulentos e que o próprio presidente teria sido informado.
A Justiça realizou buscas e apreensões no dia 22 de agosto, encontrando carros, celulares, uma máquina de contar dinheiro e US$ 266 mil em espécie.
Até agora, não houve prisões nem acusações formais, pois os áudios ainda passam por perícia judicial.
Milei também acumula reveses legislativos:
Rompeu com a vice-presidente Victoria Villarruel, após acusá-la de “traidora” por permitir votação de reajustes a aposentadorias e pensões.
Vetou os aumentos aprovados pelo Senado, mas a Câmara derrubou parcialmente sua decisão.
Sua aprovação caiu para 41%, oito pontos a menos em cinco semanas, embora seu partido siga liderando pesquisas para as eleições legislativas de outubro.
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