Palmas (TO), Quinta-feira, 10 de Julho de 2025

Moradores relatam impactos e mudança de rotina após interdição da ponte de Porto Nacional

12/02/2019

19:15

TN

Moradores de distritos que ficam às margens do rio Tocantins reclamam da dificuldade no acesso à escolas e unidades de saúde. Comércios e venda de hortaliças estão prejudicadas.

Moradores de distritos e cidades vizinhas sofrem para chegar em Porto Nacional ©Reprodução/TV Anhanguera
Milhares de tocantinenses foram impactados e mudaram as rotinas após a ponte de Porto Nacional ser bloqueada. Moradores de um dos distritos da cidade contam que entre os principais problemas estão as dificuldades para chegar em escolas, no trabalho, em unidades de saúde e para escoar produções. Por causa do bloqueio, alimentos começaram a faltar nos supermercados. Prejudicados, as pessoas cobram uma rota alternativa segura e rápida.

A ponte foi totalmente interditada para avaliações sobre o risco de desabamento da estrutura. Desde então só é permitida a passagem de ciclistas, pedestres e motociclistas. O desvio é de quase 200 km.

Os moradores de Porto Nacional, de Palmas e de distritos e cidades vizinhas reclamam da falta de acesso para fazer a travessia sobre o rio Tocantins. Uma das alternativas é deixar os veículos em uma das entradas da ponte e atravessar caminhando. A distância de uma margem à outra é de aproximadamente 900 metros.

Os moradores do distrito Nova Pinheirópolis, que fica à margem do rio Tocantins, estão sofrendo com os impactos pela segunda vez. É que o local se formou quando o lago da hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães foi formada e eles precisaram ser realocados.

A dona de casa Cleuda Pereira precisou ir em Porto Nacional para fazer exames de sangue. "Deixamos o carro aqui e atravessamos para o outro lado. Agora estou voltando". Uma ambulância do município de Fátima precisou pedir autorização para atravessar a via e levar uma vítima de acidente de trânsito ao hospital.

Os moradores contam que vivem da agricultura familiar e a situação é difícil, já que não conseguem levar os produtos para vender na feira do centro do município. "São mais de 700 famílias. Só da agricultura familiar. Estamos sobrevivendo do peixe, das hortas, dessa pequena produção que temos. Sem solução a gente está sofrendo o impacto que a gente sofreu no primeiro momento. A esperança é que haja uma solução", disse o morador Nilton Rodrigues.

Os reflexos da interdição já chegaram nos mercados do distrito. A comerciante Inaci Macário conta que está tendo prejuízos. "As mercadorias já começaram a faltar. Tudo que chega para nós é mais caro. A gente tem que pagar moto-táxi para poder ficar passando a mercadoria para o lado de cá. Está difícil".

A professora de uma das escolas do distrito comentou sobre a merenda e disse que "o fornecimento provavelmente vai ficar comprometido".
Moradores deixam carros na entrada das rodovias e fazem travessia caminhando ©Reprodução/TV Anhanguera
O outro lado

O governo informou que vai disponibilizar embarcações para fazer a travessia de moradores dos assentamentos sem nenhum custo. A medida deve funcionar até que as balsas, já prometidas, comecem a funcionar.

Disse ainda que a contratação da empresa responsável deve acontecer de forma emergencial. A previsão é que a balsa comece a circular em 20 dias. A travessia vai ser cobrada, mas o valor não foi divulgado.

Problemas estruturais

A ponte sobre o rio Tocantins, na TO-255, em Porto Nacional, tem deixado há anos os motoristas com medo da travessia. Isso por que a obra já tem mais de 40 anos e, por causa das condições, já teve o tráfego de caminhões reduzido. Por causa da situação, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu que o Estado analise a segurança da estrutura.

O governo fez vistorias e fez interdições parciais até que a via fosse completamente bloqueada.

Desde que foi parcialmente interditada, em setembro de 2011, o trajeto é considerado perigoso. No ano de 2014, foi aberto o processo licitatório para a construção de uma nova ponte, mas as obras não começaram.
Ponte em Porto Nacional tem problemas na estrutura ©Reprodução/TV Anhanguera

Por TV Anhanguera

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