Palmas (TO), Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2025

POLÍTICA

Braga Netto aprovou plano que incluía assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes, aponta relatório da Polícia Federal

Reunião na casa do ex-ministro detalhou ações violentas para impedir posse de Lula e Alckmin; plano incluía uso de veneno e explosivos.

26/11/2024

17:49

DA REDAÇÃO

Braga Netto em 25 de março de 2022

O relatório da Polícia Federal (PF), divulgado nesta terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, revelou que o ex-ministro da Defesa e general Walter Souza Braga Netto teria aprovado o plano denominado "Punhal Verde Amarelo". O esquema, articulado por militares e setores do governo Bolsonaro, incluía o assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

O plano e sua validação

De acordo com a PF, o plano foi elaborado pelo general Mario Fernandes, preso na operação Contragolpe na última semana. O esquema, que previa o uso de veneno e explosivos, foi apresentado e aprovado em uma reunião realizada em 12 de novembro de 2022, na residência de Braga Netto.

Na ocasião, participaram do encontro:

  • Tenente-coronel Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
  • Major Rafael de Oliveira.
  • Tenente-coronel Ferreira Lima.

O objetivo da reunião, segundo o relatório, era apresentar ações clandestinas para impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder Judiciário, subvertendo o Estado Democrático de Direito.

Estratégias do plano

O plano incluía medidas extremas, como:

  • Assassinato de autoridades utilizando veneno e explosivos.
  • Ataques direcionados para desestabilizar o Judiciário e inviabilizar a posse de Lula e Alckmin.

A PF destaca que o uso da violência foi discutido como uma estratégia viável para alcançar os objetivos do grupo golpista.

Envolvimento direto de Braga Netto

O relatório aponta que a aprovação do plano por Braga Netto reforça sua participação ativa no núcleo golpista. A residência do ex-ministro é considerada um ponto-chave na investigação, demonstrando o envolvimento de altos oficiais do Exército em articulações que ameaçaram a transição democrática.

Investigação e desdobramentos

A operação Contragolpe e o relatório da PF mostram uma série de estratégias articuladas por setores alinhados ao governo Bolsonaro para subverter o sistema democrático. O material foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que analisará os elementos apresentados e decidirá se apresentará denúncia contra os envolvidos.

A revelação aprofunda as acusações contra Braga Netto, destacando seu papel como peça central em um dos capítulos mais graves de ataque à democracia no Brasil.


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