POLÍTICA
Bolsonaro critica 'direita limpinha' e expressa medo de operação da PF
Ex-presidente afirma que acorda todos os dias com a sensação de ser alvo da Polícia Federal
22/01/2025
16:35
NAOM
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (22) que tem a sensação de que será preso devido aos inquéritos que investigam o golpe de Estado, a fraude em seu cartão de vacinação e também as joias presenteadas pela Arábia Saudita. Em entrevista ao canal AuriVerde Brasil, o mandatário declarou que acorda todos os dias com a sensação de que será alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), corporação que ele disse ter "lado" e ser "persecutória".
Declarações contundentes
“Eu acordo todo dia com a sensação da PF na porta. Qual a acusação? Não interessa”, afirmou Bolsonaro. As declarações foram dadas ao canal AuriVerde Brasil, onde o ex-presidente foi pouco questionado sobre temas polêmicos, tendo a liberdade de transmitir seus recados.
Inquéritos e indiciamentos
Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, Bolsonaro foi indiciado no ano passado pela Polícia Federal em três inquéritos: sobre as joias, a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19 e, mais recentemente, a tentativa de golpe de Estado.
“Onde vamos prender? A questão de joias está aí. Está aí o TCU (Tribunal de Contas da União) dizendo que o relógio do Lula é dele, dizendo que o Congresso realmente tem que fazer uma lei para disciplinar a questão de brindes. Todos os presentes que eu recebi eu devolvi”, afirmou Bolsonaro.
Rejeição ao perdão e defesa pessoal
Durante a participação no canal, Bolsonaro lamentou não poder ter viajado aos Estados Unidos para a posse de Donald Trump. O seu pedido de reaver seu passaporte foi negado na semana passada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Bolsonaro afirmou que não pretende fugir do país e que já teria feito, se essa fosse a sua vontade. “Nunca pensei em sair em forma definitiva. Poderia ter saído lá trás e fiquei. Eu quero é ficar aqui para lutar com meu país”, declarou.
Críticas à 'direita limpinha' e perspectivas eleitorais
Em outro momento, Bolsonaro falou sobre as eleições de 2026 e criticou a possibilidade de uma "terceira via" ou de "direita limpinha". O ex-presidente também elogiou a decisão de Trump de retirar os Estados Unidos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e criticou a entidade por sua atuação durante a pandemia da Covid-19. Nesse contexto, Bolsonaro leu um relatório elaborado por comissão do Congresso Americano, no qual retomou suas falas negacionistas, como críticas às vacinas e ao uso de máscaras de proteção.
Reações e consequências
A postura de Bolsonaro reflete uma estratégia de manter sua base apoiadora engajada, apesar das investigações e inquéritos. As declarações aumentam a tensão política no Brasil e reforçam a polarização existente entre seus apoiadores e opositores. Analistas apontam que as constantes acusações e a sensação de perseguição podem influenciar o cenário político nas próximas eleições, fortalecendo a imagem de resistência de Bolsonaro frente às instituições federais.
Compromisso com a luta política
Bolsonaro reafirmou seu compromisso de permanecer no país para "lutar com seu país", destacando a importância de enfrentar o que ele considera uma perseguição injusta. As declarações reforçam sua posição de desafiar as instituições e buscar apoio entre seus seguidores, mantendo-se uma figura central no debate político brasileiro.
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