SAÚDE
‘Ombro congelado’ afeta até 5% da população e pode limitar movimentos
Condição causa dor e rigidez no ombro; saiba quais são os sintomas e os tratamentos
17/03/2025
15:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Você já sentiu o ombro cada vez mais rígido, dificultando a realização de movimentos simples do dia a dia? Essa pode ser a capsulite adesiva, conhecida popularmente como ‘ombro congelado’, uma condição que atinge entre 2% e 5% da população mundial e pode comprometer seriamente a mobilidade da articulação.
🛑 O que é o ombro congelado?
A capsulite adesiva ocorre devido à inflamação e espessamento da cápsula articular, estrutura responsável pela estabilização do ombro. Isso leva à formação de aderências, causando dor intensa e limitação progressiva dos movimentos.
👨⚕️ Fatores de risco
Embora a causa exata nem sempre seja identificada, algumas condições podem aumentar o risco de desenvolver a doença, como explica Marcelo Campos, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC):
✅ Idade: mais comum entre 40 e 60 anos;
✅ Sexo: mulheres são mais propensas, possivelmente por fatores hormonais;
✅ Diabetes: pacientes diabéticos têm maior risco de desenvolver a condição;
✅ Distúrbios hormonais: alterações na tireoide (hipotireoidismo e hipertireoidismo) e menopausa podem influenciar no quadro;
✅ Doenças neurológicas: Parkinson e doenças cardiovasculares podem estar associadas;
✅ Traumas ou cirurgias: lesões na região do ombro podem desencadear o problema.
📍 Evolução da síndrome: três fases
1️⃣ Fase dolorosa – dor intensa, principalmente à noite, com dificuldade para movimentar o ombro;
2️⃣ Fase de rigidez – dor pode diminuir, mas a rigidez aumenta, limitando os movimentos;
3️⃣ Fase de recuperação – dor e rigidez começam a regredir e a funcionalidade do ombro melhora gradualmente.
🔎 Diagnóstico e tratamento
Se houver sinais de ombro congelado, procurar um ortopedista especialista é essencial. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e, em alguns casos, de imagem (raio-x, ultrassonografia ou ressonância magnética) para descartar outras condições, como artrite ou lesões no manguito rotador.
💊 Opções de tratamento
✔ Uso de analgésicos e anti-inflamatórios, sempre com prescrição médica;
✔ Fisioterapia para restaurar a mobilidade e reduzir a rigidez;
✔ Infiltrações com anestésicos para alívio da dor em casos mais graves;
✔ Cirurgia minimamente invasiva, quando necessário, para liberar a articulação.
O tempo de recuperação varia, podendo levar de alguns meses a até dois anos, dependendo do estágio da doença e da resposta ao tratamento. Com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado, é possível recuperar a mobilidade do ombro e retomar as atividades sem dor.
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