Saúde / Solidariedade
Delvânia Campelo salva três vidas com doação de órgãos e se torna símbolo de esperança no Tocantins
Família autorizou captação após confirmação de morte encefálica; rins e fígado foram doados a pacientes na fila de transplantes
13/04/2025
14:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A solidariedade transformou a dor em esperança neste domingo (13), quando a família de Delvânia Campelo da Silva autorizou a doação de seus órgãos após a confirmação de morte encefálica, no Hospital Geral de Palmas (HGP). Com o gesto, três pessoas que aguardavam na lista do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) terão agora uma nova chance de viver — graças à captação do fígado e dos rins da paciente.
A doação foi coordenada pela Central Estadual de Transplantes do Tocantins (CETTO) em parceria com a Organização de Procura de Órgãos (OPO), Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos (CIHDOTT) e equipe especializada vinda de Brasília, que atuou lado a lado com os profissionais do HGP.
“Mesmo em um momento de imensa dor, essa família teve a nobreza de dizer sim à doação. É um gesto de amor que representa o que há de mais humano: pensar no outro em meio ao sofrimento”, afirmou Tatiana Oliveira Costa, coordenadora da CETTO.
Delvânia foi internada no HGP e, apesar dos esforços da equipe multiprofissional, faleceu na sexta-feira, 11 de abril. Segundo a família, a causa do óbito envolveu violência doméstica, e o agressor está preso. A cunhada, Kelly Campêlo, organizou o momento de despedida e relatou que a decisão pela doação foi uma forma de honrar a vida solidária que Delvânia levava.
“Ela sempre ajudou o próximo, mesmo quem não conhecia. Era assistente social na prática, uma herança do pai dela, o Sr. Dico. A nossa intenção foi manter essa missão viva — que ela continuasse presente, salvando vidas, mesmo após a partida”, declarou Kelly.
Ela também destacou que a família está empenhada em buscar justiça e quer que a Lei Maria da Penha seja aplicada com rigor no caso.
A doação de órgãos não exige nenhum documento formal. Para ser doador, basta manifestar à família o desejo de doar. A captação só é realizada com autorização familiar, e por isso é essencial que esse desejo seja claro e comunicado com antecedência.
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