Economia / Desenvolvimento Social
Ministro diz que Bolsa Família impulsiona PIB ao reduzir pobreza e movimentar economia local
Wellington Dias defende políticas públicas como alavancas do crescimento e critica subestimação do mercado nas projeções econômicas
15/04/2025
14:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou nesta terça-feira (15) que os efeitos do Bolsa Família ultrapassam o combate à pobreza, gerando impacto direto na economia local dos municípios e contribuindo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Segundo ele, a subestimação recorrente do mercado nas projeções econômicas se dá por não considerar os efeitos das políticas públicas de transferência de renda.
“A economia dos mais pobres é o que está alavancando o crescimento no Brasil. São milhões de brasileiros que antes não tinham dinheiro nem para comer, mas agora têm renda de trabalho, empreendem ou produzem no campo. Isso movimenta o comércio, gera empregos e aquece a economia”, afirmou Dias.
Para o ministro, enquanto o mercado projeta crescimento de 1,5% para 2025, o governo estima alta de 3% a 4% no PIB, sustentada, em grande parte, pela circulação de renda nas camadas mais pobres da população, dinamizando pequenos comércios, feiras e serviços nas periferias e cidades do interior.
“Esse dinheiro vira salão de beleza, mercadinho, açougue, verdureira... vira atividade econômica real e distribuída”, completou.
Wellington Dias destacou que o programa Bolsa Família, ao lado de outros instrumentos como o seguro-desemprego e a aposentadoria rural, funciona como um colchão de proteção social, que retirou 33,1 milhões de brasileiros da fome desde o início do atual governo.
“Já reduzimos em 85% o número de pessoas em situação de fome. E essa redução é sustentada por políticas públicas que levam renda e dignidade a quem mais precisa”, explicou.
Durante participação no programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC, o titular da pasta anunciou a antecipação de R$ 14 bilhões para o pagamento do Bolsa Família a famílias de municípios em estado de emergência ou calamidade pública. A medida beneficia cidades do Sul, Norte, Sudeste e Nordeste, afetadas por enchentes e secas, como nos estados do Rio Grande do Sul, Piauí, Ceará, Amazonas, São Paulo e Rio de Janeiro.
“A antecipação garante que essas pessoas tenham recursos para enfrentar o feriado da Páscoa com dignidade, mesmo diante das dificuldades”, disse.
Wellington Dias também rebateu críticas ao programa, que alegam que o Bolsa Família desestimula o trabalho. O ministro explicou que mudanças implementadas desde 2023 passaram a estimular o empreendedorismo, o emprego formal e o trabalho sazonal, sem que isso resulte na perda imediata do benefício.
Entre as alterações estão:
Regra de Proteção: permite que famílias permaneçam no programa por até dois anos após conseguir emprego formal ou aumento de renda, recebendo 50% do valor.
Renda sazonal e média anual: para evitar exclusão por rendas temporárias, o sistema passa a considerar a média dos últimos 12 meses.
“Ter a carteira assinada não é mais motivo para cancelamento imediato. O programa agora acompanha a trajetória de superação da pobreza, e se a pessoa perder renda, retorna automaticamente”, afirmou.
Essas medidas já beneficiaram 4 milhões de famílias, abrangendo cerca de 10 milhões de brasileiros. Além disso, 7 milhões de beneficiários estão empreendendo ou trabalhando de forma autônoma, segundo o ministro.
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