Palmas (TO), Sábado, 03 de Maio de 2025

Política / Previdência Social

Carlos Lupi pede demissão do Ministério da Previdência após escândalo no INSS

Wolney Queiroz assume o comando da pasta em meio à investigação de fraudes que somam mais de R$ 6 bilhões

02/05/2025

17:25

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (2), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília. A saída ocorre em meio ao avanço das investigações sobre o esquema de descontos irregulares de mensalidades associativas em benefícios do INSS.

Em seu lugar, o governo anunciou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo do ministério. A nomeação será oficializada em edição extra do Diário Oficial da União ainda hoje.

“Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações. Desde o início, demos total apoio aos órgãos de controle. Espero que os responsáveis sejam punidos com rigor”, afirmou Lupi em postagem nas redes sociais.

Operação Sem Desconto e impactos na pasta

A saída de Lupi acontece uma semana após a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrarem a Operação Sem Desconto, que apura fraudes envolvendo sindicatos e entidades de classe que descontavam valores indevidos dos benefícios de aposentados e pensionistas.

  • A fraude movimentou cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

  • A investigação aponta que o esquema começou durante o governo Jair Bolsonaro e se manteve nos últimos anos.

  • Já foram exonerados o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e outros quatro dirigentes da autarquia, além de um policial federal.

Pressionado pela oposição, Lupi havia prestado depoimento na Câmara dos Deputados na última terça-feira (29), mas a permanência na pasta ficou insustentável após a articulação para uma CPI sobre a fraude no INSS ser protocolada por deputados.

Lula promete ressarcimento e AGU atua na reparação

Em pronunciamento no Dia do Trabalhador (1º de maio), o presidente Lula prometeu que os beneficiários prejudicados serão ressarcidos. A Advocacia-Geral da União (AGU) já atua com um grupo especial para garantir a devolução dos valores indevidamente descontados.

Na tarde desta sexta-feira, o advogado-geral da União, Jorge Messias, se reuniu com o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, e o novo presidente do INSS para discutir o plano de reparação.

“Continuarei colaborando com o governo para garantir que todos os recursos desviados dos beneficiários sejam devolvidos integralmente”, declarou Lupi.


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