Entrevista / Empreendedorismo
Urandir Fernandes de Oliveira: o empreendedor que transformou Corguinho em polo de ciência alternativa e inovação
Comendador da República, fundador de Dakila e da Cidade Zigurats, ele fala sobre legado, polêmicas e planos para 2025
01/08/2025
11:15
DA REDAÇÃO
Urandir Fernandes de Oliveira ©DIVULGAÇÃO
Nascido em Marabá Paulista (SP), na divisa com Mato Grosso do Sul, Urandir Fernandes de Oliveira é um nome que circula tanto no mundo do empreendedorismo quanto no das pesquisas científicas alternativas. Fundador da Associação Projeto Portal, que se transformou em Dakila Pesquisas, ele reúne hoje cerca de um milhão de associados em todo o mundo.
Visionário, Urandir é o criador da Cidade Zigurats, em Corguinho (MS), considerada um laboratório vivo de arquitetura alternativa, sustentabilidade e novas formas de convivência social. Reconhecido nacionalmente, em 22 de abril de 2025, foi condecorado como Comendador da República em cerimônia no Senado Federal.
Em entrevista exclusiva, ele fala sobre o título, a filosofia de Dakila, os projetos em andamento — como a construção de uma pirâmide monumental — e as polêmicas em torno de Ratanabá, a chamada “cidade perdida da Amazônia”.
O que representa para o senhor ser Comendador?
Urandir Fernandes de Oliveira: Recebi a comenda por conta do trabalho de Dakila, que não faço sozinho. São arqueólogos, biólogos, jornalistas, operadores de tecnologia, administradores e tantos outros. A condecoração é um estímulo coletivo e a certeza de que estamos no caminho certo.
E exatamente o que é Dakila?
Urandir: Dakila significa sábio de si mesmo no idioma Irdin, considerado o primeiro do mundo. É um ecossistema de empresas voltado à ciência e à inovação. A Dakila Pesquisas atua em áreas como genética, biomedicina, astrofísica, arqueologia, física quântica e neurociência, buscando respostas que a ciência formal muitas vezes evita.
De onde vêm os recursos?
Urandir: O ecossistema é autossustentável. Há recursos de empresas próprias e também contribuições dos milhares de associados espalhados pelo Brasil e pelo mundo.
Dakila é frequentemente acusada de atuar em temas polêmicos. Isso é proposital?
Urandir: Atuamos onde a ciência acadêmica não atua. A ciência formal é conservadora, resiste a novas ideias e descobertas. Preferem manter verdades estabelecidas do que reescrever a história. Nós fazemos diferente.
O senhor está construindo uma pirâmide em Corguinho. Vale a pena um empreendimento assim?
Urandir: Sim. Já temos a Cidade Zigurats, onde vivem mais de 200 famílias. Estamos sob a Anomalia do Atlântico Sul, que cria um ambiente propício para estudos de geomagnetismo. O Monumento Escalonado, em construção, terá 63 metros de largura e comprimento, além de nove de profundidade. Além dos centros de pesquisa, haverá shopping, cinema e espaços culturais. Será um polo turístico e científico, com impacto em toda a economia do Estado.
O que podemos afirmar sobre Ratanabá?
Urandir: Ratanabá é um mistério antigo, que já foi chamado de Eldorado e Cidade Z. Nós apenas usamos tecnologia de ponta, como o LIDAR por inteligência artificial, para mapear a Amazônia sem desmatamento. Encontramos quadras urbanas, túneis e cavernas. E em breve divulgaremos a descoberta de ossadas de crânios gigantes, o que vai mexer ainda mais com a comunidade científica.
Por que o senhor adota esse lema?
Urandir: O conhecimento liberta da ignorância e do medo. Inspiramo-nos em Sócrates, Platão e Aristóteles: admitir que nada sabemos, valorizar ideias e ideais, e compreender o mundo pela observação. Esse tripé guia Dakila. É por isso que avançamos, mesmo incomodando a ciência acadêmica.
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