Palmas (TO), Sábado, 09 de Agosto de 2025

Economia / Relações Internacionais

Tebet sobre tarifaço: “Estados Unidos não podem se enganar, nosso maior parceiro comercial é a China e a Ásia”

Ministra do Planejamento destaca importância estratégica de ferrovia ligando o Atlântico ao Pacífico e reforça prioridade das exportações para o mercado asiático

08/08/2025

20:15

DA REDAÇÃO

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A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta sexta-feira (8) que, embora o Brasil mantenha relações comerciais estratégicas com os Estados Unidos, a China e o mercado asiático são atualmente os principais parceiros comerciais do país. A declaração ocorre em meio à crise diplomática e comercial provocada pelo tarifaço imposto pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros.

O aumento das tarifas foi classificado pelo governo brasileiro como unilateral e fora dos padrões do comércio internacional. Desde o anúncio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe vêm buscando abrir canais de diálogo para minimizar os impactos econômicos.

Ferrovia interoceânica com apoio chinês

Durante agenda em Rondônia ao lado do presidente Lula, Tebet citou o projeto de uma ferrovia interoceânica que ligará o Atlântico ao Pacífico, passando por diversos estados brasileiros até o porto de Chancay, no Peru, com apoio de investimentos chineses.

“A China vai ser parceira do Brasil em projeto que vai integrar a ferrovia que vai ser a primeira a interligar dois oceanos. [...] Para fazer com que os nossos produtos cheguem mais rápido para a Ásia e tragam os produtos da Ásia para cá”, afirmou a ministra.

O traçado previsto parte da Bahia, atravessa Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, chegando ao litoral peruano.

“Precisamos dos EUA, mas a Ásia é o maior parceiro”

Tebet ressaltou a importância de manter relações equilibradas com Washington, mas reforçou que a prioridade comercial brasileira está voltada para o mercado asiático.

“No momento em que o multilateralismo está sendo ameaçado, nós temos sim que respeitar os Estados Unidos. Precisamos dos EUA como parceiros comerciais. Mas os Estados Unidos não podem se enganar: o nosso maior parceiro comercial hoje é a China, é a Ásia.”


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