Palmas (TO), Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025

Acidentes / Luto

Tragédia no Pantanal: o que se sabe e o que falta esclarecer sobre a queda do avião em Aquidauana

Acidente matou quatro pessoas, incluindo o arquiteto chinês Kongjian Yu, durante gravação de documentário

25/09/2025

07:05

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A queda de um avião na região da fazenda Barra Mansa, em Aquidauana (MS), na última terça-feira (23), resultou na morte de quatro pessoas e ainda levanta dúvidas sobre as circunstâncias da tragédia. O grupo estava no Pantanal desde o dia 20 para gravar um documentário e retornaria no dia do acidente.

O que já se sabe

  • As vítimas são:

    • Marcelo Pereira de Barros, piloto e dono do avião.

    • Kongjian Yu, renomado arquiteto chinês.

    • Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, cineasta brasileiro.

    • Rubens Crispim Júnior, cineasta brasileiro.

  • O avião caiu e explodiu na cabeceira da pista durante uma manobra de arremetida.

  • Os corpos ficaram carbonizados, exigindo exames de DNA para identificação. O resgate levou cerca de nove horas devido à dificuldade de acesso ao local.

  • A aeronave foi fabricada em 1958, não tinha autorização para operar como táxi aéreo, nem instrumentos para voar à noite.

  • O avião já havia sido alvo da Operação Ícaro (2019) por irregularidades.

  • A Polícia Civil descartou a hipótese de que uma manada de porcos-do-mato tivesse causado o acidente, como levantado inicialmente.

  • A família de Kongjian Yu está vindo ao Brasil para acompanhar a perícia do corpo, em respeito a tradições culturais.

O que falta esclarecer

  • A causa exata da queda: por que a arremetida resultou na perda de altitude?

  • Se houve irregularidade no voo, uma vez que teria ocorrido mediante pagamento, mesmo sem autorização para táxi aéreo.

  • Se a aeronave sobrevoou após o pôr do sol, o que violaria as regras de operação.

  • Condições de manutenção e responsabilidade do piloto em relação à segurança.

Repercussão

A tragédia expôs falhas na fiscalização de aeronaves irregulares e levanta debate sobre os riscos em voos privados contratados sem autorização. A investigação da Polícia Civil e da Aeronáutica deverá apontar os fatores determinantes do acidente.

 


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