Saúde
Lipedema: diagnóstico precoce é chave para evitar progressão da doença e complicações
Estudo internacional aponta que mais da metade das mulheres com lipedema não recebe diagnóstico adequado; especialistas reforçam papel da medicina especializada
26/09/2025
09:30
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O lipedema é uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura nos membros inferiores e atinge cerca de 10 milhões de mulheres no Brasil e aproximadamente 10% da população feminina mundial. Frequentemente confundida com obesidade ou linfedema, a doença só é identificada corretamente em 46,3% dos casos, segundo estudo internacional publicado no Vascular Medicine. O dado reforça as falhas no diagnóstico e a necessidade de atenção médica especializada.
Entre os sintomas iniciais do lipedema estão:
Acúmulo simétrico de gordura em coxas, quadris e braços;
Dor ou sensibilidade à pressão nos locais afetados;
Facilidade para hematomas;
Sensação de peso ou inchaço que não melhora com elevação dos membros.
Diferenciar o lipedema de outras condições é essencial: enquanto a obesidade responde a dieta e exercício, o lipedema não. Já o linfedema resulta do acúmulo de água, geralmente assimétrico.
O reconhecimento da doença nos primeiros sinais permite a adoção de um manejo multidisciplinar, com participação de nutricionistas, fisioterapeutas, endocrinologistas, vasculares e médicos especializados. Esse acompanhamento ajuda a controlar a progressão da doença, prevenindo impactos na mobilidade e na qualidade de vida.
“O diagnóstico precoce do lipedema é fundamental para evitar o sofrimento da paciente, seja pela dor, perda de mobilidade ou demora no tratamento adequado. Este trabalho não é da paciente, é do médico. É preciso informação, estudo e comprometimento. Esse tem sido o meu propósito e o da minha equipe”, afirma o diretor do Instituto Lipedema Brasil, Dr. Fábio Kamamoto.
Ainda pouco difundido na comunidade médica, o lipedema exige maior conscientização. Instituições como o Instituto Lipedema Brasil (@lipedemabrasil), considerado um centro de referência global, e a ONG Movimento Lipedema (@ongmovimentolipedema), atuam na disseminação de informações e no apoio às pacientes.
“Mesmo com a doença ainda pouco conhecida, é fundamental que as mulheres busquem especialistas para receber o diagnóstico correto e evitar tratamentos inadequados”, reforça Kamamoto.
O estudo completo está disponível em: PubMed.
Criado em 2021 pelo Dr. Fábio Kamamoto, o Instituto é o primeiro centro de referência em lipedema no Brasil e no mundo, com unidades em São Paulo (Pacaembu e Ibirapuera). A instituição dedica-se a pesquisa, ensino e conscientização, além de liderar uma campanha pela democratização do acesso ao tratamento da doença, já com mais de 46 mil assinaturas.
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