Política Internacional
Venezuela realiza exercícios militares com mísseis antiaéreos russos em meio à presença de frota dos EUA no Caribe
Manobras incluem helicópteros, paraquedistas e disparos de mísseis Pechora; Caracas denuncia ameaça militar norte-americana
28/09/2025
07:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
As Forças Armadas da Venezuela realizaram neste sábado (27) novos exercícios militares na costa caribenha, utilizando sistemas antiaéreos de fabricação russa, em um momento de crescente tensão com os Estados Unidos, que deslocaram navios de guerra, caças e tropas para a região sob a justificativa de combate ao narcotráfico.
As operações ocorreram nos estados de Falcón (noroeste) e Sucre (nordeste) e contaram com:
Disparos de mísseis antiaéreos Pechora, montados em caminhões;
Canhões posicionados contra alvos no mar;
Desembarques anfíbios a partir de fragatas;
Ações com helicópteros e paraquedistas em áreas costeiras próximas a Trinidad e Tobago.
O governo do presidente Nicolás Maduro também convocou exercícios de proteção civil, apresentando-os como treinamento para catástrofes naturais ou para um eventual conflito armado.
A escalada ocorre após Washington enviar, há quase um mês, oito navios de guerra, um submarino nuclear e 4.500 militares para o Caribe. Na semana passada, 10 caças furtivos F-35 foram deslocados para Porto Rico, com a missão de impedir sobrevoos da aviação venezuelana sobre a frota norte-americana.
Segundo os EUA, pelo menos três embarcações de supostos traficantes vindos da Venezuela foram destruídas, resultando na morte de 14 pessoas. Caracas, por sua vez, classifica a presença militar como uma “ameaça direta” à soberania nacional.
O jornal New York Times (NYT) destacou que, embora o contingente enviado pelos EUA seja insuficiente para uma invasão em larga escala, o envio de forças de operações especiais de elite pode indicar planos para incursões pontuais em território venezuelano.
Especialistas citados pelo diário também ressaltam que a frota não atua no leste do Oceano Pacífico, área considerada estratégica para campanhas de interdição de drogas, levantando dúvidas sobre os reais objetivos da operação norte-americana.
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