Palmas (TO), Segunda-feira, 03 de Novembro de 2025
Política / Justiça
TSE marca julgamento que pode cassar mandato do governador Cláudio Castro
Recurso do Ministério Público Eleitoral questiona contratações irregulares durante a campanha de 2022 no Rio de Janeiro
02/11/2025
15:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para a próxima terça-feira, 4 de novembro, o julgamento do processo que pode resultar na cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O caso é relatado pela ministra Isabel Gallotti e envolve um recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), que havia absolvido o governador e outros investigados.
O MPE pede a cassação do mandato sob a alegação de que Castro obteve vantagem eleitoral indevida nas eleições de 2022, por meio de contratações temporárias irregulares realizadas na Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Segundo o órgão, as contratações teriam servido para favorecer politicamente o governo estadual em meio ao período eleitoral, caracterizando abuso de poder político e econômico.
Em nota, o governador Cláudio Castro negou qualquer irregularidade e afirmou que todas as ações de seu governo ocorreram dentro da legalidade, sem relação com sua campanha à reeleição.
“As ações do governo seguiram os trâmites legais e não tiveram qualquer vínculo com fins eleitorais. Confio plenamente na Justiça e lembro que o TRE-RJ reconheceu a ausência de provas”, declarou o governador.
O caso teve origem em investigação do Ministério Público Eleitoral que apontou suposto uso da máquina pública para contratações e repasses irregulares de recursos a servidores temporários. O TRE-RJ havia decidido, por maioria, absolver Cláudio Castro e os demais acusados, mas o MPE recorreu ao TSE pedindo a revisão da sentença.
Com o julgamento marcado, o processo se torna o mais importante da atual fase pré-eleitoral, podendo ter impacto direto sobre o cenário político fluminense e sobre o futuro do campo conservador no Rio de Janeiro.
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