Palmas (TO), Terça-feira, 09 de Dezembro de 2025

Economia / Política

Haddad admite aporte de até R$ 6 bilhões da União para reestruturação dos Correios

Ministro afirma que Tesouro Nacional conduz plano de recuperação, mas diz que decisão sobre injeção de recursos ainda não está fechada

08/12/2025

19:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (8) que o Tesouro Nacional está responsável pelo plano de reestruturação dos Correios e que há possibilidade de aporte da União, com valor que pode chegar a até R$ 6 bilhões.

Segundo o ministro, a injeção de recursos não está descartada, mas ainda não há definição oficial sobre o formato da operação.

Há espaço para aporte da União, mas as negociações ainda não foram fechadas”, afirmou Haddad.

Recursos podem vir por crédito extraordinário ou projeto de lei

De acordo com o ministro, o eventual aporte poderá ser viabilizado por dois caminhos:

  • Crédito extraordinário, fora do orçamento regular

  • Projeto de Lei, a ser apreciado pelo Congresso Nacional

Além disso, Haddad confirmou que outra parte dos recursos necessários à recuperação da estatal poderá ser obtida por meio de empréstimos bancários, mas destacou que as condições ainda estão em fase de negociação com o sistema financeiro.

Correios vivem uma das maiores crises da história recente

Os Correios atravessam atualmente uma das fases mais delicadas de sua trajetória, após acumularem prejuízos bilionários nos últimos anos. Entre os principais fatores da crise estão:

  • Queda acentuada no volume de correspondências

  • Aumento dos custos operacionais

  • Concorrência cada vez mais forte com empresas privadas de logística

  • Defasagem tecnológica e problemas de gestão

A situação foi agravada por decisões estratégicas malsucedidas, além de pressões políticas e mudanças no ambiente regulatório.

“Taxa das blusinhas” agravou rombo financeiro

Um dos impactos mais significativos no caixa da estatal veio com a chamada “taxa das blusinhas”, que alterou as regras de importação de pequenas encomendas internacionais. A medida:

  • Reduziu drasticamente o volume de remessas internacionais processadas pelos Correios

  • Cortou uma das principais fontes de receita da empresa

  • Aumentou a dependência de um segmento de alto risco e alta volatilidade

A perda dessa arrecadação contribuiu de forma direta para ampliar o desequilíbrio financeiro da estatal.

Governo estuda alternativas para evitar colapso operacional

Diante do cenário crítico, o governo federal busca alternativas para estabilizar os Correios e evitar um colapso operacional no serviço postal brasileiro. Entre as medidas em estudo estão:

  • Parcerias com a iniciativa privada

  • Revisão de contratos

  • Cortes de despesas administrativas

  • Plano de modernização tecnológica

  • Reestruturação logística

O objetivo é tornar a empresa mais eficiente, sustentável financeiramente e competitiva no mercado de entregas.

Impacto fiscal e político do possível aporte

Um eventual aporte de até R$ 6 bilhões:

  • Terá impacto direto nas contas públicas

  • Exigirá aprovação do Congresso Nacional, caso seja feito por projeto de lei

  • Deve gerar debate político sobre o papel das estatais

  • Pode redefinir o futuro dos Correios como empresa pública estratégica


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