Palmas (TO), Sexta-feira, 29 de Março de 2024

MPE pede prisão preventiva de vice suspeito de encomendar atentado contra prefeito

12/01/2019

15:40

TN

Pedido também se aplica ao empresário que teria intermediado o crime e ao suposto pistoleiro. Elson Lino Aguiar (MDB) segue internado no Hospital Geral de Palmas. 

Vice-prefeito de Novo Acordo, Leto Moura Leitão Filho (PR), foi preso ©Reprodução/TV Anhanguera

O Ministério Público Estadual pediu à Justiça do Tocantins que decrete a prisão preventiva do vice-prefeito de Novo Acordo, Leto Moura Leitão Filho (PR). Ele é o principal suspeito de encomendar o atentado contra o prefeito da cidade, Elson Lino Aguiar (MDB). O pedido também se aplica ao empresário Paulo Henrique Sousa, que teria intermediado o crime; e ao suposto pistoleiro, Gustavo Araújo da Silva.

No pedido, o promotor Leonardo Valério Púlis escreveu que "a liberdade dos flagrados colocará em risco a ordem pública e abalará a credibilidade da justiça, deixando a sociedade a mercê de suas delinquências".

Ele também lembrou que esta foi a segunda tentativa de assassinato contra o prefeito e que já havia uma terceira planejada, argumentando que a libertação dos três colocaria em risco a vida da vítima.

O prefeito Elson Aguiar, conhecido na cidade como Dotozim, segue internado no Hospital Geral de Palmas. Ele passou por uma cirurgia de reconstrução facial na sexta-feira (11) e o estado de saúde é considerado estável.

O caso será analisado na comarca de Novo Acordo.
Prefeito foi levado ao HGP após ser baleado na cabeça ©Reprodução/TV Anhanguera
O crime

O prefeito de Novo Acordo, Elson Lino de Aguiar (MDB), de 59 anos, foi baleado na cabeça ao sofrer o atentado na tarde desta quarta. A família informou que o ele estava sozinho dentro de casa quando tudo aconteceu.

O imóvel não é murado e a porta da sala estava destrancada. O atirador entrou e abriu fogo contra o prefeito dentro do quarto dele. O gestor conseguiu chegar até a parte de fora, onde pediu socorro.

A prisão

O vice-prefeito foi preso em flagrante no dia seguinte ao ataque. A Polícia Civil acredita que o crime foi encomendado após o prefeito e o vice se desentenderem em função da divisão de dinheiro de propinas na cidade.

Junto com o vice, também foram detidos o empresário e um suposto pistoleiro, que teriam auxiliado no planejamento e execução do atentando. Inicialmente, eles teriam combinado um pagamento de R$ 10 mil pelo crime, mas o depósito não chegou a ser feito.

Outro lado

O vice-prefeito negou qualquer participação no crime na saída da delegacia. "Sou inocente. não mandei matar ninguém. Dotozin é meu amigo", afirmou Leitão.

Já o advogado do prefeito Elson Aguiar repudiou a acusação de envolvimento em um esquema de propina na cidade.

"O atual prefeito jamais permitiu qualquer tipo de ato ilícito durante o seu mandato, inclusive, nunca permitiu que se efetivasse qualquer pagamento a fornecedor sem processo licitatório devidamente formalizado", diz nota enviada pela defesa.

Os outros dois citados não quiseram falar com jornalistas.

Por G1 Tocantins

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