Palmas (TO), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

POLÍTICA

Advogado de Mauro Cid recua após afirmar que Bolsonaro sabia de plano de execução contra Lula, Alckmin e Moraes

Declaração dada em entrevista gerou repercussão, mas foi corrigida minutos depois; STF e PF seguem investigando detalhes do caso.

22/11/2024

14:00

G1

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, afirmou nesta quinta-feira (21) que o ex-ajudante de ordens confirmou, em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento de um suposto plano de golpe de Estado e de execuções envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.

No entanto, minutos após a declaração, durante entrevista à jornalista Andréia Sadi, Bittencourt recuou, afirmando que não mencionou um "plano de morte" e que suas palavras haviam sido mal interpretadas.


Primeira declaração e recuo

Inicialmente, Bittencourt afirmou que Mauro Cid confirmou que Bolsonaro "sabia de tudo" relacionado ao plano. Contudo, após uma interrupção na conexão da entrevista, o advogado ajustou seu discurso, afirmando que não falou sobre "execuções" no sentido literal.

“Eu não disse que Bolsonaro sabia de tudo. Algumas coisas ele tinha conhecimento, mas o que seria o plano? O plano tem um desenvolvimento muito grande. O presidente sabia do que estava acontecendo, mas não no sentido de um plano de morte ou execução”, esclareceu.

Bittencourt destacou que, segundo Cid, Bolsonaro tinha interesse nos desdobramentos dos acontecimentos, mas que o ex-ajudante não possui detalhes das reuniões em que esses temas teriam sido discutidos.


Investigação e delação premiada

Na terça-feira (19), Mauro Cid prestou depoimento e negou conhecimento de um plano de golpe de Estado. No entanto, a Polícia Federal recuperou dados do computador do ex-ajudante que indicariam contradições e omissões em seu relato. Isso colocou em risco o acordo de delação premiada, posteriormente mantido após o depoimento ao STF na quinta-feira.

Alexandre de Moraes, que conduz o caso, decidiu manter os acordos de colaboração, mas ressaltou a necessidade de aprofundar as investigações.


Reuniões e plano golpista

Um dos pontos de investigação é uma reunião que teria ocorrido em 12 de novembro de 2022, na casa do ex-ministro Braga Netto. Segundo a PF, o encontro discutiu a viabilidade de um golpe de Estado e planos de ação associados.

Os investigadores ainda analisam os depoimentos e dados obtidos para determinar o papel de Bolsonaro e outros envolvidos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve usar essas informações para elaborar possíveis denúncias.


O contexto político e jurídico

As declarações de Cezar Bittencourt geraram repercussão imediata devido à gravidade das acusações e à posição de Jair Bolsonaro como líder político. O recuo nas declarações do advogado traz mais incertezas sobre o conteúdo do depoimento de Mauro Cid, aumentando a pressão sobre as investigações conduzidas pela PF e pelo STF.


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