POLÍTICA
Militares investigados por trama golpista ficam fora da lista de indiciados da Polícia Federal
Três militares e um empresário citados nas investigações não foram indiciados, mesmo com indícios de envolvimento em ataques ao sistema eleitoral e plano golpista.
24/11/2024
07:45
FE
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
A Polícia Federal concluiu na última quinta-feira (21) o inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado e ataques ao sistema eleitoral, indiciando 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entretanto, nomes de destaque, como o general Luiz Eduardo Ramos, o coronel Jean Lawand Júnior, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo e o empresário Eder Balbin, ficaram de fora da lista de indiciados, gerando questionamentos sobre os critérios adotados pela PF.
Entre os nomes mencionados, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, preso na operação Contragolpe, é acusado de integrar um grupo que planejava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele seria parte do grupo “Copa 2022”, que utilizava o aplicativo Signal para monitorar autoridades e planejar ações criminosas.
O general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, também foi excluído da lista, apesar de evidências indicando sua participação em ações para questionar a segurança das urnas eletrônicas. Ramos teria procurado especialistas para produzir materiais sobre supostas fraudes eleitorais e esteve envolvido em reuniões com Bolsonaro para discutir o tema.
Outro excluído foi o coronel Jean Lawand Júnior, que teria pressionado Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para que o então presidente liderasse um golpe de Estado. Mensagens atribuídas a Lawand, encontradas pela PF, indicam seu apelo para que Bolsonaro agisse contra a posse de Lula.
O empresário Eder Balbin, conhecido como “gênio de Uberlândia”, foi citado por suas ações contratadas pelo PL para questionar a confiabilidade das urnas. Ele já foi alvo de busca e apreensão na operação Tempus Veritatis, mas não foi indiciado.
Os 37 indiciados pela PF foram divididos em seis núcleos:
O inquérito, conduzido sob supervisão do ministro Alexandre de Moraes, será analisado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A exclusão dos militares e do empresário da lista de indiciados gerou críticas, considerando os indícios robustos apontados nas investigações. A expectativa é que a PGR e o STF avaliem o inquérito com rigor para garantir que os envolvidos sejam responsabilizados.
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