POLÍTICA
Governador de SC será ouvido em inquérito após declarações sobre Bolsonaro
Ministro Alexandre de Moraes determina depoimento para averiguar possível violação de medidas cautelares envolvendo proibição de contato entre Bolsonaro e Valdemar Costa Neto.
18/01/2025
08:00
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, terá que depor perante a Polícia Federal em até 15 dias, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão faz parte do inquérito que investiga suposto golpe e busca apurar se o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, violaram a proibição de manter contato.
O ministro Alexandre de Moraes decidiu ouvir Jorginho Mello para verificar declarações feitas em entrevista à rádio Jovem Pan, na última segunda-feira (13). Durante a entrevista, o governador afirmou que Bolsonaro e Valdemar Costa Neto "conversam muito", o que pode indicar uma possível violação às medidas cautelares impostas a ambos.
Em seu despacho, Moraes ressaltou a necessidade de apurar os fatos a fim de esclarecer se houve descumprimento das restrições estabelecidas anteriormente. Desde fevereiro do ano passado, Bolsonaro e Valdemar estão proibidos de manter contato sob risco de obstruir as investigações em curso. Ambos negam as acusações que pesam sobre eles.
Nas palavras de Jorginho Mello, "Nosso presidente Valdemar conversa muito com o presidente Bolsonaro, que é o presidente de honra né? Espero que daqui um pouquinho eles possam conversar na mesma sala, né? Para se ajudar ainda mais". Tais declarações chamaram a atenção das autoridades, pois sugerem que houve contato frequente entre os dois políticos, contrariando a restrição vigente.
O despacho do ministro Alexandre de Moraes enfatiza a seriedade das suspeitas: "as declarações indicam possível violação às medidas cautelares". Com isso, a Polícia Federal foi instruída a proceder com a oitiva do governador, reforçando a intenção do STF em esclarecer os fatos e garantir que as regras não sejam desrespeitadas por envolvidos no inquérito.
Tanto Jair Bolsonaro quanto Valdemar Costa Neto fazem parte da lista de 40 indiciados no inquérito que investiga a tentativa de golpe e outras irregularidades políticas. A proibição de contato entre eles, estabelecida pelo STF, visa evitar que forneçam informações que possam obstruir a investigação ou influenciar testemunhas. O depoimento de Jorginho Mello se torna, portanto, uma peça-chave para confirmar se houve descumprimento dessa diretriz.
A determinação de Moraes é um passo importante para garantir a integridade do processo investigativo e assegurar que todos os envolvidos sejam devidamente ouvidos e responsabilizados, caso se comprove a violação das medidas cautelares. A Polícia Federal agora trabalha para colher todos os esclarecimentos possíveis e avançar na apuração dos fatos relacionados ao inquérito do golpe.
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