MUNDO
Primeiros imigrantes ilegais chegam a Guantánamo, diz porta-voz de Trump
Expansão da unidade de detenção e repercussões históricas
04/02/2025
14:45
G1
DA REDAÇÃO
Fuzileiros navais dos EUA embarcam para a base naval de Guantánamo em um avião C-130 Hercules, de estação em Jacksonville, na Carolina do Norte, em 1º de fevereiro de 2025 — Foto: U.S. Marine Corps/Cpl. Noela Vazquez/Handout
Na manhã desta terça-feira (4), a Casa Branca anunciou que o primeiro voo das Forças Armadas dos EUA, transportando imigrantes ilegais para a base de Guantánamo em Cuba, está em andamento. A informação foi divulgada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, durante uma transmissão pelo canal de TV Fox Business.
Donald Trump ordenou que o Pentágono e o Departamento de Segurança Interna preparassem a prisão da base naval – símbolo das violações de direitos humanos ocorridas na Guerra ao Terror – para receber até 30 mil migrantes. Segundo a medida, o voo desta terça-feira transportaria 12 imigrantes, somando-se a outras operações militares que já deportaram migrantes para Guatemala, Peru, Honduras e Índia.
A decisão do governo, liderado por Donald Trump, reforça o rigor da política de imigração adotada pela administração, que busca expandir a unidade de detenção em Guantánamo para abrigar um número expressivo de migrantes. O Pentágono também planeja deportar mais de 5.000 migrantes detidos em El Paso, no Texas, e San Diego, na Califórnia.
A base de Guantánamo, criada em 2002 durante o governo de George W. Bush, tornou-se célebre – e controversa – durante a campanha da Guerra ao Terror. Desde então, o local tem sido palco de denúncias de tortura, incluindo a prática do waterboarding, e de violações do direito internacional e dos direitos humanos. Apesar das promessas de fechamento feitas pelos presidentes Barack Obama e Joe Biden, a prisão permanece em funcionamento, atualmente abrigando cerca de 15 detentos.
A movimentação atual, que leva imigrantes ilegais para Guantánamo, simboliza o endurecimento das políticas migratórias da administração de Donald Trump, marcando mais um capítulo na longa e controversa história da base naval americana em Cuba.
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