Política / Câmara Federal
Líder do Republicanos denuncia Marcos Pollon por ataque a Hugo Motta e pede punição no Conselho de Ética
Deputado Gilberto Abramo acusa bolsonarista de quebra de decoro; processo pode levar à cassação do mandato
16/08/2025
10:00
DA REDAÇÃO
Gilberto Abramo (no meio), entre os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e nacional do Republicanos, Marcos Pereira (Foto: Arquivo)
O deputado federal Gilberto Abramo (Republicanos-MG), líder da bancada do Republicanos na Câmara, protocolou uma representação contra o deputado Marcos Pollon (PL-MS) por quebra de decoro parlamentar. A denúncia, apresentada à Corregedoria da Câmara dos Deputados, foi motivada por ataques de Pollon ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante a manifestação Reaja Brasil, realizada em defesa de Jair Bolsonaro (PL) e contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Na representação, Abramo afirma que Pollon utilizou “expressões ofensivas e depreciativas” contra o presidente da Câmara, chegando a ironizar sua estatura:
“Chamou Motta de ‘baixinho de um metro e sessenta’ e disse que não tinha medo dele.”
Segundo o líder do Republicanos, a conduta do parlamentar sul-mato-grossense ultrapassa o direito à liberdade de expressão e configura abuso de prerrogativas:
“A ofensa não se restringe ao plano pessoal, mas atinge a dignidade do cargo e a representação popular. A conduta destemperada e agressiva enfraquece o ambiente democrático e respeitoso que deve reger o trabalho legislativo”, afirmou Abramo.
Se o processo avançar no Conselho de Ética, Pollon pode ser punido com suspensão de até seis meses ou até mesmo com a cassação do mandato.
O episódio reforça o clima de tensão entre bolsonaristas e o comando da Câmara. A denúncia partiu do líder do Republicanos, partido de Hugo Motta, o que sinaliza que o presidente da Casa está disposto a reagir às ofensas e buscar uma punição exemplar para restaurar sua autoridade, abalada após o motim de deputados aliados a Bolsonaro.
Além dessa denúncia, Pollon já responde a outra representação apresentada por líderes governistas, entre eles Lindeberg Farias (PT) e Pedro Campos (PSD), por não ter cumprido o acordo de desocupar a cadeira da Presidência da Câmara durante a recente obstrução dos trabalhos legislativos.
O processo contra Pollon deve ser analisado inicialmente pela Corregedoria da Câmara, que dará um parecer sobre a admissibilidade da denúncia. Caso seja aceita, será instaurado procedimento no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, onde o deputado poderá apresentar defesa.
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