Política / Justiça
Bolsonaro é aconselhado a não comparecer ao julgamento no STF, mas mantém decisão em aberto
Ex-presidente cumpre prisão domiciliar e depende de autorização para acompanhar sessão sobre suposta trama golpista
01/09/2025
09:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi orientado por sua equipe de defesa a não comparecer ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), cuja fase final tem início nesta terça-feira (2/9). Os advogados avaliam que a presença do ex-mandatário poderia ter efeitos negativos para sua estratégia de defesa.
Apesar da recomendação, pessoas próximas afirmam que Bolsonaro ainda não tomou uma decisão definitiva. Para estar presente, ele teria que solicitar autorização judicial, já que cumpre prisão domiciliar desde agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Até a manhã desta segunda-feira (1º), nenhum pedido havia sido protocolado junto ao STF.
Bolsonaro será julgado ao lado de outros sete aliados por suposta participação em uma trama golpista que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
A acusação aponta pelo menos seis crimes, incluindo:
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Golpe de Estado
Dano qualificado com violência
Grave ameaça contra patrimônio da União
O julgamento começará com a abertura da sessão pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF. Na sequência, o relator Alexandre de Moraes fará a leitura do relatório do caso. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para apresentar a acusação, seguido pelas defesas dos réus.
2/9 (terça): 9h às 12h / 14h às 19h (Assista aqui!)
3/9 (quarta): 9h às 12h
9/9 (terça): 9h às 12h / 14h às 19h
10/9 (quarta): 9h às 12h
12/9 (sexta): 9h às 12h / 14h às 19h
Enquanto Bolsonaro avalia se irá ou não ao Supremo, seus aliados intensificam convocações para atos de 7 de setembro, defendendo pautas como o movimento “Anistia Já”.
Do outro lado, movimentos progressistas e sindicais também convocam manifestações para a mesma data, com slogans como “Brasil soberano” e “O Brasil é dos brasileiros”, em oposição à anistia. A expectativa é de mobilizações simultâneas nas ruas, acirrando a disputa política em torno do julgamento.
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