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STF avalia transferência de Jair Bolsonaro para a Papudinha, em Brasília
Ex-presidente está preso na PF desde novembro e aliados defendem mudança por melhores condições e assistência médica
12/12/2025
11:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Supremo Tribunal Federal (STF) avalia a possibilidade de transferir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal para o 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido como Papudinha, em Brasília. Bolsonaro está preso desde 22 de novembro nas dependências da PF, por determinação judicial.
A mudança de local passou a ser defendida, inclusive, por aliados políticos e familiares, diante da avaliação de que uma prisão domiciliar ainda neste ano é improvável. O argumento central é a melhoria das condições de custódia, tanto do ponto de vista estrutural quanto médico.
Desde que foi detido, Bolsonaro tem manifestado insatisfação com as condições da cela na PF, que possui cerca de 12 metros quadrados. Entre as queixas relatadas estão:
Espaço reduzido
Ausência de equipe médica permanente
Barulho constante de um gerador
Isolamento e solidão
Segundo pessoas próximas, o ex-presidente teme a falta de atendimento imediato em caso de emergência médica.
A Papudinha, por sua vez, dispõe de uma estrutura mais ampla, com aproximadamente 60 metros quadrados, além de contar com equipe médica própria do sistema prisional do Distrito Federal.
O local oferece cozinha, quintal, banheiro, sala, quarto, lavanderia, além de ventilador e televisão. Atualmente, o espaço abriga o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, condenado no âmbito da trama golpista.
Conhecida como o “Tremembé de Brasília”, a Papudinha já recebeu presos famosos, como José Dirceu, Valdemar Costa Neto, Marcos Valério e Paulo Maluf.
De acordo com informações divulgadas pela CNN, o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos envolvendo Bolsonaro no STF, considera a possibilidade da transferência, mas avalia que qualquer decisão só deve ser tomada após nova perícia médica do ex-presidente.
A defesa de Bolsonaro afirma que ele enfrenta uma crise permanente de soluços, que pode exigir intervenção cirúrgica. Como os exames apresentados ao Supremo são considerados antigos, Moraes determinou a realização de nova avaliação médica antes de deliberar sobre eventual mudança de local de custódia.
Até a conclusão dessa perícia, Bolsonaro permanece detido na Superintendência da Polícia Federal, enquanto o STF analisa os próximos passos do caso.
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