Palmas (TO), Terça-feira, 01 de Abril de 2025

Mundo / Política

Trump ameaça bombardear Irã se não houver acordo nuclear com os EUA

Presidente também cogita retomar tarifas e endurece tom contra Rússia em entrevista à NBC

30/03/2025

11:05

DA REDAÇÃO

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a elevar o tom em relação ao Irã ao afirmar neste domingo (30), durante entrevista à emissora NBC, que o país do Oriente Médio poderá ser bombardeado caso não aceite um novo acordo nuclear com Washington. Segundo Trump, há diálogos em andamento entre os dois países, mas alertou: “Se eles não fizerem um acordo, haverá bombardeios”.

Apesar da ameaça bélica, Trump também mencionou tarifas secundárias como outra possível forma de pressionar o regime iraniano. “Há uma chance de que, se eles não fizerem um acordo, eu coloque tarifas como fiz quatro anos antes”, completou. Durante seu governo anterior, Trump foi responsável por retirar os EUA do acordo nuclear firmado em 2015 com o Irã e por impor sanções duras ao país.

Política de tarifas segue como estratégia

A imposição de tarifas comerciais tem sido uma das principais estratégias de Trump ao longo de seu mandato. Países como México e Canadá já foram alvo de sanções semelhantes, revertidas após compromissos com controle de fronteira e redução no fluxo de drogas e imigrantes.

Ainda nesta semana, Trump deve anunciar uma nova política de tarifas recíprocas, que deverá aplicar taxas mais elevadas a países considerados desfavoráveis ao comércio americano. Especialistas avaliam que a proposta pode tensionar ainda mais as relações comerciais dos EUA com parceiros estratégicos.

Ameaças à Rússia e críticas a Putin

Na mesma entrevista, Trump também direcionou críticas ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, e ameaçou impor tarifas entre 25% e 50% sobre o petróleo russo que entra nos Estados Unidos. A medida seria uma resposta à falta de avanços em um eventual acordo para encerrar a guerra na Ucrânia.

O republicano declarou estar “muito irritado” com as recentes declarações de Putin sobre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, especialmente a sugestão de que Zelensky deixe o cargo e que a ONU assuma temporariamente o governo da Ucrânia até novas eleições.

“Não é assim que se resolve uma guerra. Isso só acirra os ânimos”, afirmou Trump, ao comentar a proposta do Kremlin, dada durante visita de Putin a militares no porto de Murmansk, conforme reportado pela agência Reuters.

Contexto geopolítico e eleitoral

As declarações de Trump ocorrem em meio à crescente polarização nos EUA, em um momento de pré-campanha eleitoral em que o ex-presidente busca fortalecer sua imagem como líder forte em política externa. Tanto o Irã quanto a Rússia têm sido alvos frequentes de sua retórica nos últimos anos, e a retomada do discurso militar e protecionista pode ser uma tentativa de reafirmar suas bandeiras para a base conservadora.


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