Política / Economia
Alckmin coordenará reação empresarial do Brasil contra tarifa de Trump
Vice-presidente lidera articulação com agronegócio e indústria para resposta estratégica à sobretaxa de 50% imposta pelos EUA
11/07/2025
20:00
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O governo brasileiro começou a traçar sua estratégia de reação à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais, com vigência a partir de 1º de agosto. O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), foi designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para liderar um grupo de articulação com o setor empresarial.
A iniciativa envolverá representantes de áreas-chave da economia brasileira, como agronegócio, indústria e tecnologia, com o objetivo de formular uma resposta coordenada ao chamado “tarifaço de Trump”. Além do diálogo com os empresários, o grupo avaliará alternativas de mercado e ações diplomáticas e comerciais diante da nova postura adotada por Washington.
“Essa tarifa é totalmente equivocada. Quem deveria reclamar somos nós, que mantemos alíquota média de 2,7% para produtos americanos”, declarou Alckmin.
Carne bovina
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Tecnologia e eletrônicos
Aviação (com possível participação da Embraer)
O governo ainda define os nomes que integrarão o comitê empresarial, mas a intenção é ouvir todos os setores prejudicados para formular uma reação multissetorial e unificada. A Embraer, segundo informações da CNN, já está entre as cotadas a participar da articulação.
Além de Alckmin, os ministérios da Casa Civil, Fazenda, Relações Institucionais e o Itamaraty foram acionados para atuar conjuntamente na questão. A intenção do Planalto é buscar uma solução diplomática antes da entrada em vigor da tarifa, mas sem descartar medidas retaliatórias.
“Se não tiver jeito no papo, nós vamos estabelecer a reciprocidade: taxou aqui, vamos taxar lá”, afirmou o presidente Lula.
A retórica firme do governo visa demonstrar que o Brasil não aceitará imposições unilaterais e está disposto a recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), além de ampliar sua agenda com outros mercados importadores.
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