Palmas (TO), Sábado, 12 de Julho de 2025

Política / Economia

Alckmin coordenará reação empresarial do Brasil contra tarifa de Trump

Vice-presidente lidera articulação com agronegócio e indústria para resposta estratégica à sobretaxa de 50% imposta pelos EUA

11/07/2025

20:00

DA REDAÇÃO

©ARQUIVO

O governo brasileiro começou a traçar sua estratégia de reação à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais, com vigência a partir de 1º de agosto. O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), foi designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para liderar um grupo de articulação com o setor empresarial.

A iniciativa envolverá representantes de áreas-chave da economia brasileira, como agronegócio, indústria e tecnologia, com o objetivo de formular uma resposta coordenada ao chamado “tarifaço de Trump”. Além do diálogo com os empresários, o grupo avaliará alternativas de mercado e ações diplomáticas e comerciais diante da nova postura adotada por Washington.

“Essa tarifa é totalmente equivocada. Quem deveria reclamar somos nós, que mantemos alíquota média de 2,7% para produtos americanos”, declarou Alckmin.

Setores impactados diretamente pela tarifa de Trump:

  • Carne bovina

  • Suco de laranja

  • Café

  • Tecnologia e eletrônicos

  • Aviação (com possível participação da Embraer)

O governo ainda define os nomes que integrarão o comitê empresarial, mas a intenção é ouvir todos os setores prejudicados para formular uma reação multissetorial e unificada. A Embraer, segundo informações da CNN, já está entre as cotadas a participar da articulação.

Mobilização ministerial e possível retaliação

Além de Alckmin, os ministérios da Casa Civil, Fazenda, Relações Institucionais e o Itamaraty foram acionados para atuar conjuntamente na questão. A intenção do Planalto é buscar uma solução diplomática antes da entrada em vigor da tarifa, mas sem descartar medidas retaliatórias.

“Se não tiver jeito no papo, nós vamos estabelecer a reciprocidade: taxou aqui, vamos taxar lá”, afirmou o presidente Lula.

A retórica firme do governo visa demonstrar que o Brasil não aceitará imposições unilaterais e está disposto a recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), além de ampliar sua agenda com outros mercados importadores.


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